terça-feira, 24 de setembro de 2019

13-A LEI DA SELVA

https://deusdion.blogspot.com/2019/09/a-lei-da-selva.html
13-A LEI DA SELVA

Preocupado com o futuro do filho Charles conversa com o diretor sobre a vaga de emprego que havia surgido na escola.

Diretor: _Nós contatamos o Magno por telefone e por carta há uma semana. O irmão dele, Marcos, atendeu. Até mandamos uma carta. Não chegou?

Charles: _Não vi. O Marcos não me disse nada.

Diretor: _Como ele não respondeu a tempo, já foi substituído. 

Charles: _ Por quem? 

Diretor: _O próximo qualificado foi o Carlos.

Charles: _Ouvi dizer que é um bom garoto.

Diretor: _Sim, de fato. Um dos nossos melhores alunos.

Magno: _Um garoto tão bom que nem estou pensando em bater nele.

No dia seguinte.

Charles: _Você é o Carlos, o amigo do Magno?

Carlos: _Sim. Ele é o meu melhor amigo.

Charles: _Tão amigo que você vai ficar com a vaga dele de emprego?

Carlos: _A gente nem é tão amigo assim.

À tarde.

Charles:_ Marcos, por que não me disse nada da vaga do seu irmão; da carta e do telefonema?

Marcos:_ Isso é problema dele, não meu!

Charles: _Você vai ter um problema agora é com o meu cinturão. 


Amadeu Nuvem
01/07/2013

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

12-A MÁQUINA DE GIGANTES

12-A MÁQUINA DE GIGANTES

Numa montanha eu estava com outro soldado. Atrás, uns carros do tamanho normal, mas de plástico, nos ajudavam a atirar no inimigo. Meu irmão dizia:_Não vá!_ E avançava contra os inimigos.

De um lado dois soldados discutiam: _Nem Adam Smith e nenhum daqueles papas da Administração é mais necessário. Agora os tempos são outros, precisamos de novos papas.

_Ele ainda é vital por que a mão invisível do mercado pode não ser real, porém, isso deu vazão para que o governo afrouxasse a mão de ferro sobre o comércio e isso trouxe grandes avanços ao capitalismo.

_E você acha que o capitalismo é um bom modo de governo?

Nisso, eu saí pra trás da montanha, saltando sobre um dos carros de plástico e imaginando de onde eles vinham. Por que eu era um simples soldado, não entendia o porquê da guerra.

Encontrei outro amigo e lhe perguntei que deus ambos os povos adoravam: _Nós adoramos em comum o deus Apolo. Por quê?

_Precisamos pensar em um modo de acabar com essa guerra estúpida!_ Peguei o volante de um dos carros de plástico, pus no sistema manual e fui retornando pelo caminho de onde os carros vinham e enfim achei uma fábrica onde os carros de brinquedos eram agigantados e equipados com muitas armas.

Buzinei ao portão da fábrica de onde um dos guardas perguntou: _O que você quer, soldado?

_Quero entrar aí e conversar com o gerente!

_O que um soldado raso como você quer aqui?

_Não discuta, soldado, tenho minhas ordens!

_Ordens de quem?

_Do nosso general. Ele me mandou aqui para dar uma instrução ao gerente.

Já com o gerente: _Essa máquina já foi testada em humanos senhor?

_Não, soldado. Você é voluntário?

_Senhor, sim senhor! Tive uma ideia para acabar com essa guerra maldita. Diga-me, qual deus o nosso povo e o vizinho ainda têm em comum?

_O deus Apolo. Por que, soldado? O que isso nos ajudará com a guerra?

_Primeiro, você terá que me agigantar com essa máquina.

Fiquei na frente de uma das máquinas de agingantamento e as luzes foram jogadas em mim. Pedi depois para que fabricasse uma armadura muito resistente e dourada. O gerente aproveitou para por um sistema de armas avançado, caso o meu plano não desse certo.

Saí com a armadura dourada para a frente de batalha e me anunciei: _Eu sou Apolo. Vocês devem acabar com essa guerra que em nada me agrada ou receberão o castigo de todos os deuses! _Os dois povos se ajoelharam a mim e baixaram suas armas que eu recolhi pessoalmente e destruí.

Mas, a máquina não pode me devolver ao tamanho normal e os dois povos já não tinham armas. Nisso, no mês seguinte a notícia se espalhou e outros povos vieram para nos dominar. E eu, fadado a ser um dos deuses da guerra. Os soldados dos dois povos unidos foram gigantificados e receberam armaduras semelhantes à minha enquanto eu vencia sozinho algumas sangrentas batalhas.

Aí percebi que nenhum deus pode acabar com a guerra dos homens. Contudo, agora, os demais povos seriam por nós subjugados. Agigantamos nossas mulheres e crianças também e um dia dominamos o mundo. Nossos filhos já não careciam de máquina alguma, já nasceram gigantes e ficaram maiores do que nós; e os netos ainda maiores. Cada geração bem mais gigante que a outra.

Com o tempo, a máquina de agigantamento foi esquecida e ninguém mas acreditava nas minhas batalhas; mesmo com fotos, armaduras e medalhas, por que nunca passei de um soldado raso, apesar de acabar com uma guerra e ajudar a vencer várias seguintes. Daí, entendi que a guerra não precisa de motivos, pois não vem da História, mas da estupidez humana.

Os homens sempre renegaram seu passado em nome do poder e se mataram. Isso é uma coisa que nunca mudará. Somos todos soldados rasos e jamais seremos promovidos. Não importa quantas batalhas ganhemos, no fim, todos iremos morrer, mas isso não é o trágico; o trágico é morrermos por causas banais.

Ateu Poeta
21/02/2012

terça-feira, 17 de setembro de 2019

11-ARANHA-LOBO

11-ARANHA-LOBO

CAP. 1 AMIGOS VIRTUAIS

Leônidas, garoto cearense, de classe média-baixa, estudante de ensino médio da escola pública em Fortaleza, amante de tudo o que é tecnológico, principalmente daquilo que seus pais não podem comprar, como vídeo-game de última geração, celular que filma e acessa internet, i-pod, i-ped, net-book e tudo o mais de interessante e divertido que a tecnologia poderia oferecer, como a robótica, que vira pela TV, em campeonatos de destruição de robôs. 

Eis que sua escola recebe do governo 12 computadores e, nisso, tendo concurso para que alunos sejam monitores. Logo, ele se inscreve, mas não passa, por não ter curso de computação, e, na verdade, mal sabia digitar, por que nunca tivera dinheiro para gastar em lan-house, e, quando o tinha, apenas jogava games de ação, como Counter-Striker e RPG, como Milotogy e Warcraft. 

Alguns dos monitores aprenderam a mexer num programa chamado Amigos Virtuais, um site de relacionamentos da internet. Até então, Leônidas ainda não tinha conhecimento de internet, nem a mínima noção do que seria. Contudo, por sempre aparecer no laboratório de informática, eis que um dia lhe fizeram um perfil. 

_Você tem e-mail?_Perguntara-lhe o monitor. 

_Hã? O que é isso?_Respondera quase que automaticamente, pois nunca antes escutara aquela palavra. 

_Há-há-há. Cara, é uma espécie de correio através do qual a gente se comunica de forma mais rápida. Vou criar um pra você hoje, e amanhã eu te mando o convite do Amigos Virtuais e te ensino a mexer. 

No dia seguinte, lá estava ele, esperando o monitor. Nem sequer merendou para conhecer o tal site de relacionamentos. 

_E aí, você enviou o convite? 

_Sim. Vamos criar para você uma senha, diferente da do e-mail. Você me diz seus dados aqui e eu digito para ti. 

_E depois de pronto, o que a gente faz? 

_Eu já te mostro. Pronto, olha, aqui são os recados, alguém te adiciona e tu escolhes se quer ou não como amigo. A gente pode procurar um nome de alguém aqui. Diz aí um nome. 

_Sei lá, Leonara. 

_Pronto, aqui, todos esses perfis são de pessoas que se chamam Leonara. Agora escolhe uma delas pra gente ver o perfil. 

_Esta aqui. Mas, por que não dá pra ver o álbum de fotos? 

_Ela trancou para amigos. Vou adicionar ela aqui e amanhã a gente vê, se ela te aceitar. 

CAP.2: LEONARA

Em todo intervalo Leônidas visitava o multi-mail de sua escola, nome a que chamavam agora o laboratório, afinal, tudo na internet é em inglês. Mas nada de Leonara o aceitar como amigo. 

_Ei, cara, o que eu faço para enviar uma mensagem para ela? Por mais que eu tente aqui, nada. Não tem como. Eu não entendi isso. 

_Ela bloqueou os scraps. 

_O quê? 

_Você não pode mandar recado para ela. 

_E aí? Morreu? 

_Não. Tem uma caixa de mensagem aqui. A de diálogo está fechada, mas pode mandar uma mensagem curta para ela aqui. Mas, geralmente, ninguém olha isso.

_Então, eu escrevo o quê? 

_Sei lá. Diz que achou o perfil dela interessante, e gostaria de conversar com ela. 

E assim o garoto fez. 

No dia seguinte, uma mensagem no e-mail dizia: Eu não te conheço, e por isso, não vou te adicionar, não adianta insistir. Mas, ele blefou, com a seguinte mensagem: Você me conhece sim, só que não lembra. Ao que Ela respondeu: De onde? 

Se não lembra de mim, não vou insistir. Depois ele deu a cartada final, a bloqueou, antes que ela desse qualquer resposta. 

Em alguns meses Leônidas tinha apenas 10 amigos adicionados, cada um de um Estado diferente. Conversava sempre com eles, e entrava em suas comunidades, falando sobre os mais variados assuntos. Esquecera completamente daquela que quis adicionar antes, até que viu uma caixa embaixo, que não tinha ainda consciência que existia, a caixa de spam. 

Por não saber o que significava tal palavra, resolveu abrir, e lá viu uma mensagem de Leonara. 

CAP.3: A ARANHA-LOBO 

O recado dizia: Não, não lembro mesmo, mas te adicionei. Você tem MSN? 

Ele, a essa altura, não mais lembrava quem seria a tal Leonara, porém, decidiu responder: Tudo bem, valeu. Mas quem é você? 

Você que me adicionou dizendo que me conhecia. 

Eu? Pode ser, mas não lembro. Mas é bom conhecê-la. Você gosta de Biologia? É o que diz aí no seu perfil. Sabe, nessa semana a gente teve umas aulas sobre lixo tecnológico, é um grande problema para o planeta, não é? 

Sim. Todo lixo é um grande problema, mas podemos reciclar. Há cidades que reciclam quase todo o lixo e o tecnológico daria para fazer novos objetos, se caíssem em mãos responsáveis que pensassem em políticas públicas com maior seriedade, mas as fábricas só pensam em lucrar. 

Eu vi um documentário, dia desses, sobre a seda. Ela é fabricada por vários tipos de insetos, dentre eles aranhas. Dentre elas, uma chamada aranha-lobo, que pode voar centenas de quilômetros a centenas de metros de altura. 

Eu não vi isso. É verdade, ou você está mentindo novamente? 

Pois é, dessa vez é verdade. Não lembro que tenha mentido. Você também parece que mente quando diz gostar de Biologia. Você gosta, realmente, ou é mentira? 

CAP.4: FEIRA DE CIÊNCIAS 

Uma semana depois estava à véspera da feira de ciências e Leônidas vira uma reportagem sobre a Universidade Federal do Ceará desenvolvendo uma vacina a partir do feijão de corda e outra sobre finasterida reduzir a calvície e combater o câncer de próstata. 

Em seguida, lê uma crônica indignada pela ANVISA querer proibir substâncias usadas em medicamentos para emagrecer e lembra-se, de repente, do cientista, nas estórias do Homem-Aranha, que virava jacaré por causa de uma substância experimental.

E o lixo hospitalar no lixão, deve ferir muitos catadores _Pensou_ como será a vida de um catador de lixo? Será que isso me poderá servir na feira de ciências? 

No caminho de volta da escola avistou um catador de lixo na rua, deu sinal de descer e foi ao encalço do homem. Perguntou várias coisas a ele, como quanto ganhava, o que coletava e, de repente, perguntou se ele via muitas peças soltas de computador, sem se dar conta que o catador não estava interessado em conversa; daí, ofereceu-lhe dinheiro para que pegasse algumas peças. 

_O que exatamente você quer? 

_Se você aparecer aqui amanhã nessa mesma hora eu mostro. 

_Tudo bem, mas estou apressado. 

No dia seguinte o garoto tinha impresso algumas figuras baixadas da internet de peças de PC, como placa-mãe, HD e fonte, e as levou ao catador, que passara na mesma hora pelo local. Entregou a folha, mas sem saber ainda direito o que faria com as possíveis peças que o catador achasse. 

CAP.5: ARANHA CIBERNÉTICA 

No dia seguinte, o catador achara várias peças, mouses, teclados e até carcaça de CPU. O garoto pagou, como prometido, e levou tudo para casa, ainda sem muita noção do que faria com aquilo e sem certeza de onde teria vindo a tal ideia de pagar a um catador de lixo para trazer peças inúteis de PC.

Desenvolvera um projeto naquela semana que na hora do vamos ver deu-lhe um 10, e melhor, ele desenvolvera tudo sozinho com pesquisas na internet, sem precisar de uma equipe para tanto. 

Naquela tarde, encontrara Leonara on-line e foi logo comentando: Tirei um 10 hoje com o meu projeto de ciências. 

_Parabéns! Mas fez uma aranha-lobo? 

_Sim. Como adivinhou? 

_Você me falou naquele dia dela, e a vi no documentário, talvez o mesmo que você tenha visto antes. Imaginei que usaria isso, mas não tinha ideia de como.

_Eu criei várias com lixo tecnológico que reciclei, cada aranha em uma posição diferente, e, também, construí uma desenvolvida para andar com pilhas. 

_Sabe, eu não gosto de aranhas. 

_Nem eu. Só do Homem-Aranha. Lembrando dele e de alguns desenhos como Transformers é que imaginei uma aranha produzida a partir do lixo tecnológico. 

_E por que a aranha-lobo, em especial? 

_Ah, porque ela faz uma coisa quando bebê que o homem sempre sonhou: voar. Se tiver aranha-lobo na China, ela pode até ter sido a inspiração para o balão. 

É. Quem sabe. Só não sei porque esse nome, aranha-lobo... 

_Ora, por que ela deve uivar para lua cheia, rosnar para estranhos e adorar ovelha no jantar. (risos). 

Ateu Poeta
2011

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

BIOGRAFIA DO AUTOR

BIOGRAFIA DO AUTOR:

 

https://ohistoriadordepacoti.blogspot.com/

https://aroldohistoriador.blogspot.com/

https://ateupoeta.blogspot.com/ 

Historiador, Professor, Literato, Blogueiro, Jornalista Independente, Ator Amador & Humorista.

 

Nascido em Pacoti-Ceará em 1º de abril de 1986.

 

Estudou no Jardim na Escola Menezes Pimentel, da alfabetização à 8ª série no Instituto Maria Imaculada em Pacoti. Fez cursinho no Evolutivo em 2005 em Fortaleza.

 

Em 2006 iniciou estudo em Administração na Faculdade Evolutivo em Fortaleza, fazendo ainda um pouco mais de um ano e abandonou para fazer novo vestibular em Pacoti na UVA-Universidade Estadual Vale do Acaraú, onde criou o Jornal Delfos no primeiro dia de aula em 2007 com mais dois colegas e formou-se em Licenciatura Plena em História em 2010.

 

Jornal Delfos foi impresso 14 vezes até agora e será doravante feito em PDF, fora os sites e o blog. Continuam como Presidentes iguais e Criadores e Idealizadores Ateu Poeta e Cristiano Viana Silveira.

 

Praticante de alguns esportes como: 

 

Xadrez, participando do 2º Campeonato de Xadrez de Guaramiranga em 2013;

 

Futebol, participando de 3 campeonatos em Pacoti, no primeiro o time só perdeu, no segundo o time foi desclassificado do Festal por ter quase todos os jogadores maiores de 18 anos, ele com 16 anos, ganhando ainda a primeira partida por W.O. e no terceiro campeonato seu time ganhou todas as partidas levando apenas um gol, terminando em 3º lugar e só o goleiro ganhando medalha; 

 

Basket, desde o Instituto Maria Imaculada, passando pelo cursinho no Evolutivo Centro-Sul e de volta a Pacoti fez parte do 1º torneio de basket em Pacoti na quadra do Pólo de Lazer e do 1º torneio de baket meia-quadra também em Pacoti. Fez parte do time de Pacoti de basket em 2008; Vôlei pouco jogou

 

Hadball pouco jogou; 

 

Capoeira, desde os 14 anos;

 

Karatê, onde tirou 2ª faixa em Baturité em 2012; 

 

Muay-Thai, nível iniciante; 

 

Krav-Magá, nível iniciante; e 

 

Defesa-Pessoal, 4 cursos seguidos.

 

Tirou 3º lugar no concurso de desenhos O Pacoti Visto Por Suas Crianças (1997).

 

Um dos criadores do jornal VISART (2002- agora chamado Jornal Visarte em 2018). 

 

1º lugar no Estado do Ceará em auto de natal, atuando como o Rei-Mago Baltazar (2004).

 

Criador e Presidente e idealizador do Jornal Delfos-CE(2007).

 

Consertou a idade do Município de Pacoti, retirando um erro de 48 anos para menos, inicialmente questionando no Jornal Delfos-CE Impresso 2ª Edição (2008.)

 

Criador e Idealizador da Associação Cultural SEMPRE-Segmento dos Estudiosos da Memória e Patrimônio Regional da Serra de Baturité (2008)

 

Criador e Idealizador do 1° Arquivo Público do Interior do Nordeste (2009).

 

2° e 4° lugares, consecutivamente, no 1° e 2° concursos de poesia da comunidade do Orkut "Vamos Escrever um livro?"(2009 e 2010)

 

Criador, Idealizador e Curador da Exposição Histórica: "PACOTY: UMA HISTÓRIA EM DOCUMENTOS", aprovado pelo Banco do Nordeste (2010).

 

Formou-se em Licenciatura Plena em História. (2010).

 

Sócio do Instituto Desenvolver (2011).

 

Trabalhou para o Governo do Estado do Ceará como Pesquisador no Porto do Pecém (2011).

 

Ministrou aulas de História, Geografia, Arte, Religião & Ciências em Pacoti e em Guaramiranga no Colégio São Luís, na Escola Menezes Pimentel, na Escola Linha da Serra & na Escola Monteiro Lobato. (de 2008 a 2017).

 

Convenceu a UECE e o Banco do Nordeste a fazerem parceria que resultou no Projeto Espaço Nordeste, de 5 milhões de reais, instalado em Pacoti, mas servindo a todo o maciço de Baturité, de janeiro de 2012 a julho de 2016. Este projeto fez ainda a UECE ficar em 11ª no mundo, única representante do Brasil em um dos quesitos da ONU e empatar ao mesmo tempo com a USP em outro dos 95 quesitos educacionais avaliados mundialmente por esta instituição. 

 

Foi um dos ativistas político-sociais responsáveis pela Revitalização do Sistema de Esgoto de Pacoti, representando o Jornal Delfos-CE em 2016 e inda aceitou o posto de fiscal voluntário desta obra que acabou vido apenas em 2020 e se concretizou finamente em 2022, com o investimento de mais de 6 milhões de reais enviados pelo Governador Camilo Santana (PT).

 

2° Lugar em concurso pensamento na comunidade "Grupo de Poesia" no Facebook (2012).

 

Publica notícias, contos, crônicas, poesias, fábulas, romances, artigos, peça teatral e letra de música em vários sites, dentre eles redes sociais e muitos blogs, desde 2005.

 

Foi candidato a vereador pelo PT em Pacoti em 2012, tendo 51 votos.

 

Atualmente publica em algumas páginade Facebook e modera grupos. Tenta seguir a carreira de facebooker e de youtuber.

 

Participa de 2 e-books virtuais pelo Balcão de Poemas: "Por onde andei?" & "Quem sou?"; organizados pelo poeta gaúcho Wasil Sacharuk.

 

Participa da Antologia Poética não impressa do antigo Bar do Escritor de 2011, a qual recuperou em formato virtual.

 

Recebeu a Comenda Domitila de Honra ao Mérito em 2016, da SECULDT-Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto de Pacoti & Prefeitura Municipal de Pacoti (2016).

 

Concluiu Pós-graduação em Gestão Escolar (2016).

 

Selecionado para o Prêmio CNNP da Editora Virara-Concurso Nacional Novos Poetas- 4x seguidas (2016, 20172018 &2019).

 

Teve poesias selecionadas para a Revista Gente de Palavra 2x seguidas (fevereiro & abril de 2018).

 

Conselheiro de Cultura desde 2018, com "o cargo" de secretário na cidade de Pacoti-CE.

 

Membro do Comitê Gestor para implementação da Lei Aldir Blanc de 2020 em Pacoti.

 

Foi candidato a vereador em Pacoti pelo PCdoB.

 

Autor de 18 blookes (2 em andamento).

 

Recebeu certificado de honrarias da Secretaria de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovações de Pacoti por ajudar no desenvolvimento do Projeto "Amigo Educador", criação do Prof. Ricardo Alves, atual gestor de humanas na Educação Básica de Pacoti.

 

É vice-presidente local do Partido Comunista do Brasil-PCdoB pela segunda vez seguida e é pré-candidato a deputado em 2022.

SUMÁRIO

Sumário: 


1-DIAMANTE
2-UM COPO DE MARTINI

3-GUERRA SANTA
4-NOVA YORK CORPORATION
5-FRANCISCO FREITAS, O OPORTUNISTA
6-A MANSÃO DE MARIA
7-HOMER E O MACACO

8-O SÓSIA
9-CIDADE CIBERNÉTICA
10-AERODINÂMICOS
11-ARANHA-LOBO
12-A MÁQUINA DE GIGANTES
13- A LEI DA SELVA




DADOS DO LIVRO

Título do livro: Deus Dion

Gênero: Contos

CAPA:
Amadeu Nuvem

Amadeu Nuvem é um dos heterônimos do historiador José Aroldo Gonzaga Arruda Filho (Aroldo Historiador-Ateu Poeta), de Pacoti-Ceará, filho de Maria Rosimar Brito Arruda e José Aroldo Gonzaga Arruda.

domingo, 15 de setembro de 2019

10-AERODINÂMICOS


Cap 1: O SALTO

Nascemos todos para voar, assim saltemos na evolução, aprendi isso quando comecei sem saber a evoluir para um quase aerodinâmico. Meu nome é Dínamo, ou pelo menos foi um dia. Agora prefiro que me chamem Eros.

Um certo dia eu estava na casa dos meus avós maternos e simplesmente me deu aquele impulso e eu abri os braços e sai correndo para fora da casa, dei um pulo e planei um pouco. Minha prima perguntara como eu fiz aquilo, mas eu não saberia responder.

O ano é 2100, e a evolução veio mais rápido do que os cientistas do passado esperavam. Aprendi na escola que o mundo já foi um lugar verde e que a água já fora potável a menos de um século. Que todo esse lixo não estava aqui e que mesmo assim os homens faziam muita guerra. 

Eu morava no ultimo canto verde que restou, o Vale Vulcano, que ficava dentro de um antigo vulcão desativado. Muito da História de perdeu no tempo e queimado nas várias guerras. Não sabíamos muito como era lá fora, pois o nosso vale produzia todo o alimento do qual precisávamos. Não existiam muitos exploradores e eles fazem um pacto com o rei de não contar para os outros o que veem lá fora.

Por acaso, eu acabei descobrindo quando corri mais e mais e acabei planando. Mas um dia o rei mandou me chamar.

_Dínamo, é esse o seu nome?

_Sim, meu rei.

_Eu fui informado de que você tem uma habilidade rara de plainar. 

_De fato. Mas é uma coisa assim quase nada. Meu sonho mesmo era voar como um pássaro. Acho que esse era o sonho dos nossos ancestrais.

_Blasfêmia! Você não é um deus como Eros e jamais poderá voar. Se ainda for pego plainando por aí será preso por traição ao nosso deus!

_Entendo, meu rei.

Naquela ocasião, assim com a corda no pescoço, eu prometi nunca mais tentar voar. Mais aquilo era mais forte que eu e eis que um dia fui até a beira do vale e pulei. E para falar a verdade eu simplesmente cai e cai. Só me veio à mente um pensamento: _É hoje que eu morro!

CAP2: CANIBAL

Então, eu tinha me atirado, seguindo aquele louco sonho de voar, e caí, caí, caí, até que senti algo me segurar pelos pés; era um humano planador com pés de harpia e couro aberto como um esquilo voador. 

Enquanto batia as asas, subindo mais e mais, começou a falar:_ O que deu em você de se atirar assim? Que loucura!_ Avistei outros seres iguais a ele também segurando humanos iguais a mim.

_Você é um ser estranho,_Respondi_tem asas de morcego e pés de águia.

_Onde você viu essas coisas?_ Indagou a criatura.

_Em revistas que os aerodinâmicos trazem para a tribo.

_Então, você sabe ler?
_Sim, eu aprendi vendo alguns fazendo isso.

_Mas, isso não importa, você vai virar comida de águia.

_Como?_ Avistei um ninho gigantesco com enormes filhotes monstruosos e famintos a devorar humanos que alguns aerodinâmicos jogavam, mas, alguns humanos começaram a se rebelar e fizeram as aves devorarem-se umas às outras.

_Por que vocês fazem isso com a gente?_ Perguntei.

_Porque se não fizermos, as águias gigantescas capturam os aerodinâmicos. Nós criamos vocês para isso, e os que sobram nós comemos, carne de humano é boa.


_A de aerodinâmicos também deve ser._ Arranquei um pedaço de um dos dedos dele com uma grande mordida. A criatura deu um urro de dor e me soltou mas veio atrás quando caí no ninho. Nisso, um dos humanos enfiou uma estaca em seu pescoço.

Quando a noite caía nós fizemos fogo com varas do próprio ninho e queimamos a palha, assamos o aerodinâmico, aquilo para mim era canibalismo já que um aerodinâmico não era mais que uma espécie de humano evoluído.

CAP3: CARNIFICINA

No dia seguinte, assamos a primeira ave enquanto outros humanos eram jogados no ninho, ao subirmos o mais alto possível avistamos outro ninhos e a águia-mãe deste começava a voltar, então, pusemos fogo no centro do ninho e a fumaça fez a águia vir mais rápido, com olhos a lacrimejar.

_Vamos subir nela ou ela irá nos devorar!_ Clamei. Eu não contei, mas deveria ser por volta de uma centena. Ao subir todo mundo a águia ainda devorou alguns, logo eu subi até a cabeça e chutei um dos seus olhos. A águia começou a voar desnorteada e foi cair justo na minha tribo onde todos saíram de suas cavernas para ver o monstro.

Sugeri que matássemos a águia o quanto antes para nos livrarmos dela em vez de acontecer o contrário. Começaram em seguida a cegá-la com arpões e lhe amarraram os pés com muito custo.

Quando finalmente deu certo foi feito uma fogueira gigante para o banquete, mas o fogo atraiu outras águias e por acaso algumas provaram da águia assada e começaram a virar canibais. Foi uma enorme batalha entre elas, mas algumas foram por nós cavalgadas com cabrestos forjados no momento, na gambiarra.

Reparei que os aerodinâmicos faziam o mesmo, mas uma parte de nós foi mais esperta e conseguiu fazer capuz gigante para alguns e deixou-as sem alimento, alimentando-as aos poucos após vários dias até que algumas ficarem aparentemente dóceis com humanos. 

Os aerodinâmicos resolveram atacar as tribos humanas, então, a minha resolveu fugir para locais planos onde a humanidade vivera antigamente, onde vivi eram plataformas acima das nuvens, onde a humanidade anterior não suportaria viver.

Éramos 300 tribos humanas, agora dizimadas em uma grande carnificina. Aprendendo a controlar as águias os aerodinâmicos não precisam mais de nós.

CAP4: A SELVA


Os antigos humanos se dizimaram, as 300 tribos são descendentes de uma única tribo em fuga que ia migrando cada vez para lugares mais altos e por isso as evolução.

Os aerodinâmicos devem ser para o meu povo a próxima etapa evolutiva, assim como alguns aerodinâmicos agora têm penas e planejam viver fora da Terra, mas os que atravessaram a exosfera logo descobriram que ao sair, pela falta de gravidade, fica-se à deriva e quem volta pega fogo na entrada, por isso há uma impressão de haver uma grande chuva de fogo, mas são só os aerodinâmicos mais evoluídos voltando para morrer tostados .

Também tentei sair da Terra, mas a minha águia congelou e eu com ela, e novamente estava eu a cair até que a centenas de quilômetros abaixo, quase caindo no mar, a águia acordou e conseguiu planar enquanto uma infinidade de tubarões-brancos tentavam morder, mas foi a águia que segurou dois e os devorou no ar.


Ao pousarmos notei que ali era uma selva , talvez sem humanos o mundo todo tenha se repovoado de árvores. Está certo que algum dia o Sol devorará tudo, mas enquanto isso os meus problemas são os tigres-dentes-de-sabre que voltaram a existir, numa versão um pouco maior do que os da época jurássica.

CAP5: EVOLUÇÃO DE 3º GRAU

Dez tigres saltam sobre a águia de uma vez, ela devorou dois, mas os outros oito a feriram fundo com seus dentes de sabre.

A águia levantou voo a devorar mais alguns tigres naquele jogo de quem devora quem, outros saltaram de cima das árvores. Eu só pensava em sequestrar os filhotes e formar um exército de tigres para soltar contra os aerodinâmicos, se fosse possível sobreviver.

_Geralmente, um predador não devora outro_ Disse alguém.

_Por qual razão?_ Perguntei enquanto tentava ver de onde as palavras vinham.

_Os predadores consomem proteína e não produzem, isso é mais uma prova de que mesmo a evolução é falha, pois nenhum ser vive sendo auto-suficiente, somos todos dependentes.

_Você não é um predador também.

_Intermediário, mas sou mais do que você um grau.

_Sei. Um aerodinâmico metido a besta só porque voa.

_Sim, na verdade, três graus acima de você. Olhe para cima._ Olhei e o aerodinâmico em questão tinham asas com plumagem densa e também bico de águia e era maior que os demais.

_Que droga! Vocês não param de evoluir?

_Ha-ha-ha! _A risada vinha de muitos ao redor, eram tantos que  o dia parecia anoitecer.

CAP6: QUEM DEVORA QUEM

Os aerodinâmicos de 3º grau avançaram sobre mim, mas a águia também começava a devorá-los e aos tigres ao mesmo tempo e alguns tigres resolveram devorar os aerodinâmicos, porque era mais fácil do que tentar devorar a predadora suprema.

_Essa águia não vai nos devorar para sempre_Disse um dos aerodinâmicos e fez um canto de chamamento, quando apareceu no céu mais uma infinidade, que deixou tudo como se fosse noite e avançaram sobre mim e a águia.

Ao que parece, o cheiro de sangue atraiu outras espécies e vários crocodilos do Nilo resolveram aparecer e sair devorando também o que viam pela frente, além de cobram gigantes que devoravam inclusive os crocodilos.

Eu só conseguia pensar se a humanidade tinha entrado em extinção por causa deles todos ou se eles todos só conseguiram evoluir assim sem parar graças à humanidade ter praticamente acabado.

Não sei se por loucura plena ou por terror, mas eu decidi saltar da águia no centro daquela guerra natural e resolvi morder também tudo que aparecesse na frente, mas em vez de cair no chão eu consegui plainar novamente e com o vento forte do dia na região eu consegui ir bem mais alto que imaginava que poderia e percebi que alguns dos meus dentes começaram a virar presas e comecei a ganhar asas com plumagem e voei muito e sem parar com alguns aerodinâmicos me perseguindo e resolvi enfrentá-los de frente dando meia-volta.

Consegui derrubar alguns com o susto do ato inesperado. Uma parte desceu para não deixá-los se arrebentar no chão e outros olhavam para mim como se temessem as minhas presas e eu comecei a desviar de seus bicos e mordes seus pescoços derrubando uma infinidade deles.

Eu acho que me tornei uma espécie de aerodinâmico também. E peço licença a todos porque agora irei caçar!

Amadeu Nuvem
2019